01 junho 2011

A primeira vez... novamente... ninguém esquece.

Quando você começa uma nova fase em sua vida começam a vir àqueles pensamentos de dúvida. Afinal, é um novo projeto, um novo desafio.

Mas como a gente é metido a besta, vamos lá! O céu é o limite.

Não faz muito tempo que conversei com o brother Ricci Jr. sobre a rádio oficial do São Paulo, e ele me perguntou “Você narra futebol também?”. É aquele tipo de pergunta que pode mudar muita coisa. De bate pronto respondi que sim, pois no meu curso eu tive noções de narração.

E que criança nunca sonhou em narrar um jogo do time de coração? 

Nessa era de internet 2.0 vemos exemplos de rádios dedicadas a um time. A rádio coringão, do meu grande mestre Luís Cláudio é uma delas, e a Web Rádio Lusa, do grande Gomão Ribeiro, são dois exemplos bem sucedidos de projetos que deram certo.

Hoje esses dois profissionais estão em outros projetos voltados para a internet, um caminho que vem se expandindo cada vez mais, e se torna realmente uma nova fatia do mercado de trabalho.

No último dia 28 de maio comecei minha trajetória nessa tal de “narração esportiva”. E olha, é uma coisa complicada de se fazer. Conversando com a equipe da Rádio SPFC Digital contei que achei minha fita com a narração da final do brasileiro de 2002, entre Santos e Curintia. Isso mesmo, aquela das pedaladas.

E quem diria que nove anos depois estaria eu, no Morumbi, horas antes do jogo para a transmissão de São Paulo e Figueirense?

Nem eu mesmo acreditava se me contassem anos antes, ainda no fim da faculdade, e antes de fazer o curso de locução.

Foi um dia mais que especial! Mil problemas enfrentados, e muito aprendizado. Narrar não é para qualquer um. Requer vocabulário, conhecimento e estudo. E um estudo constante. Diariamente é necessário acompanhar noticiários, ler jornal, internet, conversar sobre o tema com amigos, ouvir opiniões. Viver aquilo que trabalhamos.

Tudo começou na correria da falta da internet. Do nada ela volta instantes antes do começo da transmissão. Sem escalação do time adversário aprendi como me virar no escuro, com delay na TV, e com muita vontade consegui levar a transmissão com alguns elogios da Nação Tricolor.

E, para você que não teve a oportunidade de me ouvir, vou reproduzir, infelizmente por texto pois não temos o áudio do gol, por texto os instantes finais do jogo...

“Afasta a defesa do São Paulo [ao vivo a bola já estava no meio campo]... Recupera Miranda, faz o balão pra frente [bola já com Lucas que chutaria e faria o gol. E Kauê e Carlos gritam loucamente GOOOOOOOOL]... A defesa do Figueira afasta, domina a bola Lucas, vai garoto, ele ajeita... o chuuuuuuute e o GOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOL.... DO SÃO PAULOOOOOOOO...”

O resto é história.

E mais uma página da minha história no rádio esportivo será escrita dia 8 de junho, contra o Atlético Mineiro.
E que venham mais aprendizados e problemas para serem resolvidos. Pois assim se chega à excelência.

Agradeço ao grande Ricci Jr, Kauê Lombardi, Carlos, Anderson e a toda a nação tricolor.

Aos amigos que acompanharam a transmissão, sejam tricolores ou não, meus agradecimentos também por sempre acreditar no meu trabalho.

E obrigado a Celso de Freitas e Luís Cláudio, meus mestres do rádio.